quinta-feira, 17 de setembro de 2020

 A humanidade já passou por muitas ameaças - não poucas das quais, iguais à que enfrentamos hoje. Epidemias e pandemias são recorrentes na nossa história. Sempre nos reerguemos. Em todas, a maior ameaça não vem dos monstros microscópicos, mas de nós próprios; do nosso egoísmo, da nossa ganância, do mal que em nós habita. Visível no açambarcamento de bens que fazem falta a todos, nas discussões nas filas dos supermercados, na especulação vergonhosa de preços, nos gajos que arrebentam minimercados com carrinhas, para roubar tudo o que lá existe, nas filas para comprar armas nos USA, no venha a mim e que se lixe o próximo. Somos isto, nós? É que se formos então não admira que a natureza esteja farta da nossa presença. Mas depois vêm os sinais de esperança - os gestos de solidariedade, os hotéis transformados em hospitais, a empresa de tecidos que faz máscaras e as distribui à borla, o jovem que faz compras para as velhotas isoladas dos prédios. E é por isto que nos reerguemos; porque afinal o bem também mora aqui. E o bem é mais forte, acreditem. Porque cada imbecil, cada egoísta, cada cabrão que existe (e tantos que são..), não passam disso mesmo. Sejam solidários. Sejam bons. Sejam tranquilos. As tormentas passam e o Sol volta sempre a brilhar.

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