segunda-feira, 18 de junho de 2012

Long time no see blog of mine. Estas coisas dos blogs implicam dedicação e tempo e inspiração e vontade e de preferência tudo ao mesmo tempo, e eu confesso que me andam a falhar alguns desses itens ultimamente. Mas os amigos chegados, mesmo após algum tempo sem se verem, continuam próximos. E assim aqui estou eu de novo a botar prosa, que aqui é porto seguro para ela. Serve esta tribuna para gritar o que me vai na alma.
E falemos então de assuntos que nos são chegados - pão e circo, o que vai faltando num, vai sobrando noutro. O pão de cada dia nos tirai hoje e ontem e amanhã, a sociedade economicista e elitista que nós próprios criamos, embalados na doce ilusão de democracia. Cum caneco, até o senhor bispo, acompanhado de coro de púdicos e ofendidos,  desceu do pulpito para nos mandar para a rua gritar, vejam lá ao que isto chegou. Mas agora a sério, andamos a brincar com esta merda (viram o jogo de palavras..). Nós a pagar e eles a gozar. Mas a finjirem seriedade e e contenção, imagine-se a lata.  E eu cá até gosto de futebol. Agora é que baralhei isto tudo..
Era uma vez 20 e tantos rapazes, que até sabiam dar uns pontapés na bola, que embarcaram rumo aos reinos frios e distantes da Polónia e Ucrânia, com o objectivo de cobrirem de glória a velha Pátria lusitana, terra dos ovelheses (aparentados com os portugueses mas com o corpo coberto de lã, vivem em rebanhos e seguem o pastor que lhes dá mais porradinha). Resultados à parte, a verdade é que o povo / rebanho, lá se vai distraindo enquanto os poderes que nos (des)governam vão fazendo as suas agendas, tal como os césares faziam, dando circo às hostes para se irem entretendo. Eu até gosto de futebol, gosto muito, mas não me distraio do essencial, nem me esqueço que degrau a degrau vamos descendo a este buraco sem fundo. Espero que quando acordarmos não seja demasiado tarde. Vibro como qualquer um com os golos da rapaziada vestida de quinas, mas sei que por cada golo marcado nos afastamos mais da realidade e mergulhamos mais na utopia de que somos grandes. Grandes em quê deuses, na divida pública, nas injustiças sociais, na falta de pão e de brio? Acordem portugueses, acordem que já são horas e vamos pontapear mas é estes rabos burocráticos e chulóides das troikas e baldroikas enquanto nos resta um minimo de dignidade.

  A humanidade já passou por muitas ameaças - não poucas das quais, iguais à que enfrentamos hoje. Epidemias e pandemias são recorrentes na ...