quarta-feira, 12 de julho de 2017

Não vou a Congressos de Jornalistas, apesar de o ser (com titulo profissional) há bem mais de 20 anos. Já tentei, já lutei, já organizei, já fui sindicalizado e fiz parte de listas, tudo, para chegar à triste conclusão que não vale de nada enquanto os poderes instalados, com a cumplicidade inconsciente das hordas, souberem que um jornalismo fraco é um jornalismo que não lhes faz mossa. A ninguem dessa gente interessa um jornalismo forte e livre, que pugne por uma informação s...éria, na tradição do verdadeiro contra-poder. As massas, que chafurdam na ignorância e nos reality-shows da vida, para gáudio de quem manda, não percebem que ao gozarem, vilipendiarem, agredirem e acusarem os jornalistas, apenas se estão a distanciar mais e mais da realidade, a serem mais e mais manipulados, pobres peões do jogo dos poderosos. Os jornalistas são a ultima fronteira da liberdade e do conhecimento. Infelizmente, reduzidos à função de meros produtores de conteúdos, mal pagos, desprotegidos, precários e inexperientes, pouco mais lhes resta que fingir que são verdadeiros repórteres. Eu por mim já não me apetece mais. Uma das razões está no tipo de noticias reproduzido abaixo, que hoje, entre funerais de dias seguidos, ameaças a árbitros e "horror em Grandola" parece ser tudo o que há para noticiar. Este não é o jornalismo que eu sonhei. Volta Jornal do Incrivel, que estás perdoado.

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